quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Volte aqui, esquilo...

Existem muros que separam pessoas.
Barreiras que distanciam sentimentos, confinam corações.
Por baixo de todas as camadas sedimentares da vida existem cicatrizes que nunca irão desaparecer.
Por que escondê-las?
Às vezes só precisamos de um ombro para nos escorar, ou uma palavra amiga, ou que algumas lágrimas rolem aliviando uma pressão insuportável sobre nossas cabeças.
Precisamos de paz, precisamos lembrar da simplicidade de se sentir feliz, mesmo que lá fora haja tempestade.
Sabedoria é a arte de tornar a vida o mais agradável e feliz possível - foi dito uma vez por Schopenhauer.
O que se faz por amor está acima do bem e do mal - disse Nietzsche.
A vida é bela e é muito bom estar vivo.
Nem sempre tudo sairá como queremos, mas pode ser que saia como precisamos.
O tempo nos ensina que não podemos desafiar o oceano, mas podemos surfar em suas ondas.
Acho que isso tudo não faz muito sentido, talvez seja um pouco catártico.
Mas é nisso que estou pensando.



Mas às vezes precisamos de um esquilo também.



terça-feira, 8 de novembro de 2011

A Falácia Maconheira.

Nem sei por que vou perder meu tempo escrevendo isso, mas vamos lá.
Sou a favor de manifestações populares.
Sou a favor do povo com voz.
Sou a favor do cumprimento da lei.
Sou contra o formato atual da polícia.
Mas essa turma revolts da USP é mesmo muito bonitinha.
Merecia até um prêmio.
Conheço poucas pessoas realmente engajadas no movimento estudantil, e essas pessoas realmente lutam por melhores instalações, melhores condições, melhores professores, melhores salários pros servidores, alojamentos para estudantes de baixa renda, etc.
Acontece que a maioria que se diz pró-movimento estudantil não passa de um bando de vagabundo, que só fala da boca pra fora e só quer, na verdade, curtir os Interunesps da vida, festar em Reps, encher o rabo de cerva no buteco da facul e fumar maconha no campus sem ser "reprimido".
Acontece o seguinte, movimento estudantil, pra começo de conversa, tem que dar o exemplo e ESTUDAR. Coisa que poucos fazem. A maioria curte mesmo o tal do "uhul!" e reclama que a "graduação tá atrapalhando a faculdade".
Depois sai formado mais burro que entrou. Grande coisa. Mas pelo menos valeu os 5 anos de festa.
Acontece que o Estado (e quando digo Estado, me refiro a toda sociedade) pagou pelo "estudo" desse ser para que ele retribua isso no futuro, devolva algo de valor à sociedade. Que os professores repassem o conhecimento adquirido e que os bacharéis pesquisem e acrescentem algo.
Mas o lance da classe média é reclamar da classe média e assim se sentir melhor consigo mesma. Tanto os chamados "fascistinhas" quanto os "comunistinhas" nada mais são que os dois lados da mesma moeda - CLASSE MÉDIA - e tomam da mesma cerveja no mesmo buteco.
E um reclama do outro, dizendo que é tudo manipulação da mídia. Então eu só lembro aqui que o que estou escrevendo é de responsabilidade minha, baseado em fatos que vi e pessoas que conheci.
Agora vê se parem de reclamar da impunidade no Brasil enquanto cometem crimes. Pq quem compra drogas ilícitas, não compra em feira da bondade, compra de traficante e sabe muito bem o que está fazendo e os riscos envolvidos. A polícia pegou 3 carinhas com maconha e isso é delegacia - não tem o que fazer.
Essa turminha que não é nada séria - mas quer, via ações ilegítimas e gritinhos no Facebook, ser levada a sério, uma dica: ESTUDEM.

domingo, 19 de junho de 2011

Uivos de um lobo

Há alguns anos atrás, com uma garrafa de vinho, em uma fria madrugada:

"UIVOS DE UM LOBO

Minha querida, minha amada
Face pálida que surge do nada
Me olha, me ignora, sem se importar com o que sinto
Me deixa esperando
Me deixe partir
Me leve pra onde sopra esse gélido vento
que tantas lamúrias apaixonadas já levou
e que tantas lágrimas sofridas já secou
Luz dos olhos meus
Essa noite esse mesmo vento ingrato,
sob sua indiferença,
me fere a pele da face

E porquê esse olhar tão frio?
Porquê não me quer mais?
- ou será que nunca me quis?!
Abandone sua família invejosa,
saia do seu mundo solitário
e fique comigo
Sinta meu coração - ele bate por ti
Ele espera por ti - com a mais vã das esperanças
E que um dia nossa distância - hoje medida em luz,
deixe de existir

Pobre de mim que nesse jogo de amor celeste
nada me reste
a não ser perder
Eu que tenho pouco a te oferecer
mas esse pouco é meu tudo
é meu coração, meu calor, minha vida
Mas distante me olha e me ignora
Sempre pálida e fria
Bela e nua
E eu, sem mais motivos para viver, choro
rendido pela Fortuna
Por ter me apaixonado por ti
Ó luz da Lua."
(JF De Cesaro)


Só pra não passar em branco enquanto meu PC está quebrado.

Saludos,

JF.

domingo, 29 de maio de 2011

Meu primeiro "post".

Olá, boa noite a todos.

Há muito tempo tenho vontade de começar um blog pra poder compartilhar com o mundo algumas coisas que eu acho importantes, mas que, com certeza, ninguém dá a mínima.

No entanto, antes de prosseguir, como deve ser protocolar, devo explicar aqui "o que é" esse blog.

Infinitos Pontos de Uma Reta, como o nome sugere, vai abranger de tudo que eu ache interessante (ou nem sempre) e que tenha vontade de compartilhar com as demais pessoas. Vai ter, como já dízia o sábio filósofo Falcão, de "pinico à bomba-atômica".

Poesia, filosofia, música, cinema, zuerias da internet, fotos, fatos, arquitetura, esportes, atualidades, culinária, idéias sérias, idéias nada sérias, enfim, todos os infinitos pontos que temos nesse segmento de reta chamado "vida".

Posto isso, vamos falar já de alguma coisa pra não passar em branco.

Acabei de assistir o último filme da Sofia Coppola, "Somewhere", graças à indicação de uma amiga, a Tico.

Bem, o filme começa monótono e acaba monótono, o que não o caracteriza muito como "entretenimento" na minha opinião. No entanto, creio que tal abordagem foi essencial para o tema que trata: o vazio que sentimos em algum momento de nossas vidas.

Não importa, por mais realizados, ricos, belos, famosos e admirados que possamos vir a ser nessa vida, talvez nunca escaparemos totalmente desse vazio que nos prende a alma. Talvez ele sempre estará lá, nos sugando ou nos puxando, como gravidade. Sempre nos fazendo perguntar a nós mesmos: e aí, isso é tudo? - quê mais?

O filme retrata o vazio do protagonista, seu "vácuo", mas também seu "sol". Mostra também o quão perdidos e desorientados podemos ficar em fases como essa.

Não tô afim de responder tais perguntas, nem espero que alguém possa ter tais respostas. Mas me lembrei de algo que escrevi já há algum tempo pensando no assunto. Até já devo ter postado no Facebook e, por isso, já devem ter lido.

Àqueles que já leram, talvez no próximo post tenha alguma novidade, àqueles que não leram...

Segue:

Vazio

"Acordar e viver todos os dias com um gigantesco vazio em sua vida.
Vivendo sem esperanças, sem coloridos, sem sabores de verdade.
Verdade. O que é verdade, será realidade?
O que é realidade, será verdade?
Pessoas que eu nem conheço cobram-me coisas que eu não quero fazer,
- coisas que talvez eu nem possa.
Coisas que só acrescentam tamanho no já imenso buraco, no imenso vazio da vida.
Where is the glamour?
?Donde está el encantamiento?
Sem tempo e sem espaço apenas continuamos,
eternamente sem saber quem somos.
Sem tempo e sem espaço apenas continuamos sem conseguir decidir qualquer coisa,
fazer qualquer coisa,
ou simplesmente escolher qualquer coisa.
A letargia é mórbida, mas latente.
Apenas um delicado fio prende a vida à vontade de continuar vivendo.
Ou poderia ser o contrário.
Ou poderia ser os dois.
Vida, mentira.
Casca de ovo de páscoa, apenas isso.
Bela embalagem para o oco.
Somos todos belas embalagens para buracos cheios de vazio.
Somos todos vazios.
Somos todos belos.
E há a pequena esperança de que a alma que um dia se esvaiu em um último soluço, -
um último suspiro de um choro, -
um dia retorne e, passando novamente pela nossa boca, venha preencher o nada que somos.
Pobre ilusão - não há esperança!"
 
(João Filipe De Cesaro)

Me lembro que à época alguns amigos que leram gostaram, outros não.

De todo modo, não expressa exatamente a minha opinião - é só o eu-lírico falando. Mas sinta-se livre para expressar a sua.

Vai aqui também o trailer do filme pra quem se interressar.

Menção à linda versão da música "I'll Try Anything Once", do Strokes.

E.T.: a formatação do blog não está pronta. Ainda trabalhando nisso. ;-)

"Somewhere" - Trailer Oficial



The Strokes - I'll Try Anything Once



Saludos,

e até o próximo post.

JF.